não te sei do olho senão a vertigem
onde te penso noite
a fina e epidérmica fuligem
consome qual açoite
e não mais te vejo senão em saudade
como a bruma que passa
roçam as mãos e ferem-me com maldade
fica o riso sem graça
nem mesmo canto minha dor no lago
não ouço o calmo jardim
falta o torpe laço e o afago
sem perfume a aurora e o jasmim
(sc, sd)