monstros
destruindo
Tóquio:
memórias
de
infância
rosto
talvez, um dia,
eu venha a entender
o sonho
do nome esquecido
do rosto nunca visto
da lembrança irreal
(scs, 7311)
A mala
carrego comigo
numa mala pequena
muito gasta e suja
lembranças dos dias
felizes
que um dia tive.
mas a mala é um peso
incômodo
e a abandono vez após vez
num banco de praça
num ponto de ônibus
em cima da ponte
debaixo de pedras
na grande fogueira
no cume da colina.
e quando recomeço a caminhar
lá está ela
pronta a seguir comigo
a mala pequena
muito suja e gasta
carregada de lembranças
dos dias
felizes
(scs, 2511)