queria lembrar-me,
nas palavras de adeus,
de quem outrora fui
e nunca mais voltei.
sou de mim mera lembrança,
imagem que às lágrimas dissolve-se;
era, então, o que restava em mim
de tantos sonhos em que me vivo.
(scs, 19720)
A palavra é tanta que faz a alma ser muitas
queria lembrar-me,
nas palavras de adeus,
de quem outrora fui
e nunca mais voltei.
sou de mim mera lembrança,
imagem que às lágrimas dissolve-se;
era, então, o que restava em mim
de tantos sonhos em que me vivo.
(scs, 19720)
de tão longe
fiz-me saudade
no aceno que já se foi
do abraço vazio de calor
de tão longe
sou nem lembrança
que o vento inventa nos galhos
secos sem perfume nem cor
de tão longe
já nem mesmo sou
talvez um outro sonho à deriva
outra vez um casulo sem mim
de tão longe
parti-me sem deixar marcas
segui pela estrada infinda
e não sou, jamais sou
(scs, 121113)
lembro-me de não te
ter visto ainda
assim tão bela
lembro-me de não me
saber assim tão
apaixonado e livre
lembro-me de não haver
nascido um amor tal
como hoje, sublime
lembro-me de não ter
tocado pele assim tão
macia e terna
lembre-me de não me
despertar
(scs, 10913)
nunca
te
esqueças:
não
guardes
lembranças