começaria
teu
fim
por
meu
sim
fim
não
nenhuma novidade
no sopro inquieto do vento
que nos faz companhia neste dia tão comum
sem
qualquer surpresa
os olhos se encontram
e já não falam aquelas mentiras tão carinhosas
já
nem sabemos
o nome daquela saudade
abandonada no refúgio das coisas evitadas
quão
belas nuvens
ocultam a luz difusa
e as mornas mãos acenam uma desesperança
ver
mais perto
os olhos de um passado
entalhado na pele e nos suspiros ainda eriçados
sim
sabemos que
nada outro nos alegrou
em todo o tempo de sermos dois caminhos
nos
olhos borrados
mesclam-se lágrimas e pó
um desenho de abraços que estavam aqui
vai
como ventania
o dia de ontem esquecido
traz aquele brilho dos lençóis novos
sons
tão sonhados
das canções envergonhadas mudas
feita um pedido nervoso de olhar tímido
fim
de tudo
num suspiro vazio de adeus
mãos tímidas aquecidas na pele alheia
(scs, 26911)
27
por
onde
começar
o
fim
disso?