depois, acenou com amor
uma despedida sem fim
enquanto o ônibus sumia na estrada
permaneceu como se seu olhar
pudesse trazê-lo de volta estar com ele
e já era só uma estrada vazia
e a vida agora era vazia
de uma saudade dolorida dos abraços tantos
e do abrigo entre eles
de promessas impossíveis
– mas o que importava eram só eles dois
então: veio a despedida
e ela ali acenando a quem já não havia
um coração desfalecido
a vida desocupada de razão
– tudo parecia mais finito que a estrada
infinita que os distanciava
– Mãe, vamo pra casa! Tô cansado…
não era possível viver de outro modo
(sc, sd)