mentirosas memórias
me visitam
alarmadas
folhas enganadas
pelo vento
uma pintura borrada
com tintas inconstantes
do passado que nunca esteve lá
e a melodia muda de ecos
entoa a canção que nunca cantei
do amor que nunca deixei
do rumo que sempre temi
mas são apenas névoa densa
das memórias inventadas
pelas memórias que não tenho
(scs, 8813)