a precisa dor
que ignora
a dor de não ser
no olho que foge
à luz
ao tato
então, no rosto se espalha
o vazio
da surpresa da ausência
e não há o que ver
não há alguém
e permanece essa lacuna
crescente
nas entranhas
no lábio rasgado
o vigor se esvai
em sangue e acenos
suspensos
só um remorso
como orvalho que se evapora
cobre o corpo
inerte
pela dor e sonha
revira-se na solidão
e no ar pesado
do olho foge a luz
no rosto permanece a lacuna
do lábio beijado
suspenso
que ignora a dor
precisa
a ausência crescente
e o tato vazio
o consome
e orvalho se vai
não ser
só resta um corpo
inerte
na solidão
(scs, 21211)
Francisco, gostei muito do seu blog. Mas por que vc o mantém aqui e não em um serviço como o WordPress onde o bandwith dele é maior?
Graça e paz do Senhor,
Helder Nozima
Barro nas mãos do Oleiro
Oi, Nozima!
Que bom que gostou!
Eu tenho 5 gb de banda por mês e tenho quatro blogs hospedados em meu domínio, xn.blog.br. A visita a todos eles, por vezes, esgota os 5 gb antes do final do mês. Preferi concentrar todos em um domínio, pois é mais fácil para eu administrar. Já perdi muita coisa por aí, em serviços gratuitos.
Grande abraço!