dois

parada na calçaDa
o último ônibus nãO chega
mas, ainda assim, ri baixinho,
– cobre o Rosto com o lenço de seda,
presente que não queria Devolver: a lembrança
semprE havia mais uma noite
e a mesma espera, agora infeliz –,
pois não queria voltar ter de voltar
porém, tinhA de.
por isso, talvez, ria sem pensar no
descarinho de não se sentir Melhor
(seria possível um dia ser outra vez?
como o ontem, o domingo que passou tão rápido,
abandonado de marcas e Abraço?)
o ônibus chegou. atRasado. mas ele veio.

(scs, 3613)

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