minhas
máscaras
mostram
muitos
monstros
medrosos
264t
muitos
muros
mudam
mentes
mas
mentem
263t
sou
soul
sem
sol
só
som
262t
sonhos
sedimentados
sabiam
sorrir
sem
saudades
261t
muitas
mazelas
maltratam
meus
maiores
medos
191t
meus
medos
mudam
meu
mundo
mudo
190t
preciso
partir
partir-me
precisar-te
perceber-te
parecer-me
Aldravipeia e tautograma
A poesia é desassossegada, inquieta, bicho feroz, que olha com desconfiança para limites, prisões. Ama inovação, refazer-se, repensar-se, propor-se formas para, então, desafiá-las, enfrentá-las, empurrá-las para que adotem outra forma.
Sabedora disso, criada por Andreia Donadon Leal e com argumento teórico de J. B. Donadon-Leal, a Sociedade Brasileira dos Poetas Aldravianistas, da qual eles são os fundadores e este escriba é associado, lançou dia 17 de setembro de 2013 uma nova forma poética: a aldravipeia. Trata-se de um poema temático constituído por 20 aldravias, todas dedicados a um único tema ou a uma única palavra. Pra entender melhor a proposta, clique aqui.
Achei maravilhosa a proposta da aldravipeia! Amplia a aldravia e também desafia o poeta a poetar de seis em seis até produzir uma sinfonia de vinte movimentos aldrávicos coerentes, interligados pelo fio temático, mensageiros sextavados da mensagem única. O próximo post (detesto essa palavra inglesa, mas não achei ainda uma substituta nacional. Acho que vou inventar uma.) trará minha primeira aldravipeia.
E falando de outras formas poéticas, recentemente descobri duas delas. A primeira é o tautograma, forma poética em que todas as palavras do poema têm a mesma inicial. Estou experimentando umas cruzas de aldravia com tautograma. O resultado vem a seguir.
É isso. Experimentar novas formas de dizer o mundo.
Abraço.