hoje
paz
ontem
sonho
amanhã
desilusão
contículo 39
Ela não entendia a razão daquela felicidade. A manhã estava sombria, fria, sem qualquer encanto. Na imensa casa vazia ecoava sua solidão. As mãos e os pés esfregavam-se aflitos, tentando eliminar o frio. Nenhuma boa lembrança, real ou fantasiada, vinha consolar-lhe o coração. No entanto, nunca estivera tão feliz!
contículo 38
As pequeninas mãos estavam sujas de carvão. O rosto também, com os riscos que indicavam lágrimas que desceram dos olhos castanhos, cheios de gratidão. A boca, com o sangue coagulado, trazia um sorriso de beleza indescritível. Nas trêmulas mãos, pitangas recém-colhidas.