a última alegria que guardo
é da triste despedida
e, depois, a viagem incerta
tão imensa
na escura noite de solidão
a lua prateada me era por única companhia
na multidão que também ia
sem saber
nem me deixei chorar
de risos tantos que nunca tive
na plena felicidade que agora
era nunca mais
à noite, acordado no quarto frio,
abraço a lembrança em torno do travesseiro
e não sei mais se vivo ou desisto
de sonhar
(scs, 141216)