andando
na
rua
não
vive
atua
carrega
sempre
outra
cara
mesmo
nua
sorri
com
ódio
uma
máscara
crua
desdenha
do
Sol
louva
a
Lua
bajula
a
todos
vive
tão
só
finge
que
ama
ama-rga
sem
dó
nega
ser
como
é
mesmo
só
no
espelho
sempre
outra
porém
ela
mergulhada
em
orgulho
de
pensar-se
quem-sabe
olhos
fechados
tão
soberbos
cândidos
sentimentos
cada
abraço
um
nojo
– tenho
de
despedidas
desejadas
com
tristeza
planejada
convence
menticulosa
mente
noite
afora
na
sol(mult)idão
mesmo
assim
crê-se
assim
a
real
resvala
finge
corrige
revela
mágoas
tais
outro
dia
outra
ela
mesma
outra
desistia
de
ser
aquela
ela
mesma
confiou-se
aos
segredos
que
lhe
mentia
inventou
uma
vida
viveu-a
como
louca
desconfiou
do
espelho:
quem
sou
você?