por muito menos
me desfiz de
nada e tudo
do que sobrou
era meu ou
nem era eu
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nem
tão
belo
nem
tão
triste
Manuel
a Manuel de Barros
o nome dele era outro,
mas ele
ele era ele mesmo:
o outro
(scs, 14413)
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duras
mãos
acariciam
o
frio
coração
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voou
e
foi-se
voltou
e
riu-se
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alegria
terrível
ver-me
invisível
angústia
risível
O poeta Manuel de Barros
Aldravia é tema de mestrado
Andreia Leal, poetisa e uma das fundadoras do movimento aldravianista, defendeu dissertação de mestrado defendida no dia 27 de março, no Curso de Mestrado em Letras da Universidade Federal de Viçosa. O tema foi: “Aldravismo: movimento mineiro do século XXI”. Ela foi aprovada com “excelência e louvor”, e a tese foi recomendada por todos os membros da banca para publicação imediata.
No terceiro capítulo da tese, eu fui mencionado! Veja abaixo:
3.4 – Aldravias publicadas no site do jornal aldrava cultural
Francisco Nunes – São Pauloà
sombra
descansa
o
sol
suado
(In: http://www.jornalaldrava.com.br/pag_sbpa_francisconunes.htm ) De elevada sensibilidade poética, a aldravia de Francisco Nunes sintetiza a justificativa teórica elaborada por J. B. Donadon-Leal, tanto na evocação de Pound na assertiva de que a aldravia busca o máximo de poesia no mínimo de palavras, quanto na sua figuração metonímica. O poema de Nunes transpõe para o sol o resultado de seu calor, num jogo metonímico de causa e efeito imbricados de tal forma que a causa experimenta seu efeito.
Andreia, parabéns! Obrigado pela menção e avaliação de minha aldravia. E parabéns aos demais colegas aldravianistas!
Entre o sono e sonho (Fernando Pessoa)
Entre o sono e sonho,
Entre mim e o que em mim
É o quem eu me suponho
Corre um rio sem fim.
Passou por outras margens,
Diversas mais além,
Naquelas várias viagens
Que todo o rio tem.
Chegou onde hoje habito
A casa que hoje sou.
Passa, se eu me medito;
Se desperto, passou.
E quem me sinto e morre
No que me liga a mim
Dorme onde o rio corre —
Esse rio sem fim.
sem título
toda cidade
tem um
cemitério
da saudade.
nele
enterrada