estrada e raízes

então, ele desistiu de caminhar.
e parou ali, à beira da estrada,
até criar raízes.
seus galhos cresceram,
as folhas enverdeceram à tarde,
pássaros e ninhos;
a chuva lhe refrescava a alma,
o vento trazia aromas e melodias
e as raízes cresciam e cresciam.

então, ele desistiu de ser árvore
e voltou a caminhar.
deixou a beira da estrada
e se fez de novo errante.

(sp, 16112)