Ela acordava sempre profunda, solene, vendo
o que havia sob.
Pressentia invisíveis superfícies, arranhadas
de poeira cotidiana, uma falsa paz,
o silêncio corrompido de tédio e omissão.
Não.
O modo outro é que tinha de ser,
a revolução, o confronto de nariz na parede
– o sangue a escorrer impoluto, arrastando
verdades dores libertação espelhos –
resgatando dos escombros a vida
desatinadamente necessária
disposta a mais um dia
(scs, 18215, 33 anos depois)